segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O MAIOR DESAFIO?



No mês de agosto, esta foi a proposta: ler um livro bíblico. E como sempre, cada aluno teve o seu critério para escolher. Dessa vez não tiveram a capa para observação como um recurso na escolha, mesmo assim, teve de tudo: ‘acho a história de Moisés interessante’; ‘sugestão da professora’; ‘já assisti uma série na tv sobre essa história’; ‘escolhi um dos livros menores, para facilitar na hora de fazer a resenha’; ‘tenho um afilhadinho que se chama Daniel... acho que a história será linda como meu bebê’; ‘nesse livro há alguns dos meus textos bíblicos favoritos’; ‘pedi uma indicação à vovó, e esse foi o mais interessante’...

Após escolha e leitura feitas, recebo as resenhas. Junto delas alguns comentários:

“Misericóoordia do meu textoo. Tem piedade de miim!!!”

“É difícil escrever resenha de livro bíblico, sabia?”

“Está aí, Regina, e devo admitir que é muito mais difícil que ler e falar sobre ‘A hora da estrela’. rs”

“Fuu, não gostei nada disso.. sem inspiração nenhuma..”

“As dúvidas de como escrever a resenha deste mês foram muitas, acredito que esse é provavelmente nosso maior desafio.”

E entre uma fala e outra, eis que alguém me ‘desafia’:

“Se fosse pra você fazer, como começaria?rs”

Rio, penso um pouco, tento me colocar no lugar da aluna. Abro uma página em branco e começo a digitar:

“Além de sermos desafiados a ler um livro bíblico – leitura não muito comum entre nós adolescentes – e encarar a leitura de livros escritos há anos (tão longínquos que minha imaginação não é capaz de mensurar), também fomos desafiados a entender uma linguagem peculiar, para não dizer complexa, como a linguagem bíblica. Ainda por cima escolhi um livro bastante rico em histórias: inicia-se com os seis dias da criação – relata a origem do mundo e da humanidade e depois segue-se a origem do povo de Deus, por isso o livro por mim escolhido é denominado Gênesis, que significa nascimento, origem.”

Escrevo apenas esse começo, espero ajudá-la e recebo o seguinte comentário: 

“Muito bom, mas com certeza não começaria assim”

Acho que perguntei por que, e ela acrescenta:

“Algumas palavras não usaria por serem um tanto extintas do meu vocabulário...”
Disse mais alguma coisa, das quais não me lembro, mas somente o fato de dizer que algumas palavras usadas por mim, nesse parágrafo inicial, já tinham sido extintas do seu vocabulário já me fez rir bastante.

Tais comentários a respeito das resenhas desse mês me fizeram escrever esse texto para abrir as postagens a respeito do livro bíblico lido. Por não serem livros que seguem estilos literários comumente lidos por nós e também por não termos o hábito de ler a bíblia, é natural que tenhamos dificuldades em  resenhar as histórias lidas. Concordo com a aluna que disse que provavelmente escrever a resenha seja mais desafiante que ler o livro da Bíblia. 

Não basta apenas ler, é preciso entender, sintetizar as várias histórias em uma e tentar organizar as ideias. Dependendo da linguagem da Bíblia lida isso é um desafio e tanto, pois pode conter nela muitas palavras ‘extintas’ do nosso vocabulário. Afinal, alguém pode nos 'traduzir' a seguinte frase: “aprouve a Dario estabelecer sobre o seu reino cento e vinte sátrapas"? rs

Vejamos então, como foi o desafio esse mês. Confiram as resenhas nas próximas postagens.

domingo, 7 de agosto de 2011

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS por Ravany


Obra – Dona Flor e seus dois maridos
Autor – Jorge Amado
Páginas – 258

O que acha de receber uma má noticia em plena época de festa?  Principalmente quando essa tal festa é o carnaval, época boa, esperada durante todo o ano?! Bem recebida ela não será, isso quando não surge aquela dúvida de “Será que não é brincadeira com a minha cara?”.

É... Foi perto do que ocorreu com Dona Flor, ou melhor, Florípedes, uma professora de culinária, que recebeu essa “triste” notícia. Seu marido até então vivo, Vadinho, que não era aquele marido muito fiel, havia falecido. Após muito tempo pensando em que ele teria feito contra ela em seu tempo de vida, e até mesmo de luto, ela reage! Nova e com muito ainda pra viver, ela se envolve freneticamente com Dr. Teodoro, um farmacêutico comportado, logo se casando, e vivendo um grande amor.

Mas o que acha que aconteceria se por acaso, o seu antigo marido voltasse? Pode parecer meio estranho e surreal, mas foi o que aconteceu. Ah, mas com um lado positivo: Vadinho só era visto por Dona Flor, o que deixava com um toque diferencial. Apesar de seus defeitos, ele era um porreta, assim como descrito em seu funeral, e consequentemente também era entre quatro paredes. Seguindo o triangulo amoroso, ela terá a difícil escolha a ser feita... Ou seria melhor ficar com os dois?!

O PEQUENO PRÍNCIPE por Dâmaris




Obra: Pequeno Príncipe
Autor: Antoine Saint-Exupéry
Cativar. Uma palavra simples, porém com grande significado por trás de sete letras. Criar laços afetivos entre pessoas é um bem em comum que temos. Dentre todos, sentimentos prevalecem, pessoas boas ou ruins, a sensação que seja, vem do cativo.
O Pequeno Príncipe veio de um planeta distante, singelo, no tamanho de uma casa. Ele viajara em busca de sua flor, até sua chegada aqui na Terra. Sem muitos conhecimentos, ele aprende com uma raposa, o real sentido de cativar. Como o ensinado perfeito e sem falhas, ele cativa pessoas como se fossem únicas, ao ponto de sentir uma pitada de dor em suas despedidas. Deixando suas marcas, o Pequeno Príncipe volta para seu planeta, com a lição aprendida.
Na brilhante história do clássico, aprende-se que além de amizades, amor, carinho... você é responsável por tudo que cativa. Nas suas escolhas e no uso de palavras, procure sempre fazer e falar o bem. Receberá o melhor em troca.
O Pequeno Príncipe me surpreendeu, se tiver um tempo pra você, leia-o,  e se impressionará com o conto também.
Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” - Pequeno Príncipe.

TOM SAWYER DETETIVE por Ísis


Nesse bimestre a proposta foi ler um clássico universal, eu peguei ''Tom Sawyer Detetive'' um livro indicado pela professora Regina.

Um livro bacana, escrito pelo autor Mark Twain, um livro dividido em 12 capítulos. O livro conta a saga de Tom Sawyer, que tem mais ou menos 12 anos, a mesma idade de seu companheiro de aventuras, Huckleberry Finn. Tom, órfão de pai e mãe, mora com sua Tia Polly, uma senhora muito dedicada aos sobrinhos e rigorosa, numa pequena cidade do Estado de Missouri. Huck, órfão e mãe, tem um pai, digamos, um tanto ausente, e por isso prefere morar na rua, dormindo às vezes dentro de um barril (imaginei aquele do Chaves, para se esconder).

Cada capítulo conta um acontecimento ou descoberta dos meninos, mais o que mais me prendeu toda a atenção foi o ultimo, onde Tom Sawyer desvenda toda a trama, fatos e acontecimentos.

Um livro que aconselho pra todos os níveis, para uma mãe ler para um filho, relembrar a infância e rir, porque no fundo tem um ar bastante engraçado, onde você pode imaginar o que acontece com cada personagem e caracteriza-os.

Espero que tenham gostado da minha resenha e que possa ter despertado a vontade de vocês conhecerem as aventuras dos meninos Tom e Finn.


ORGULHO E PRECONCEITO por Juliana


Nessa etapa do desafio, escolhi fazer algo diferente, li o meu livro em inglês, pois já havia começado e achei que essa seria a oportunidade perfeita para terminá-lo.

Orgulho e preconceito é um livro um pouco intenso, como a maioria de época, mas ao mesmo tempo é irônico e cômico. Diferente da maioria dos livros, este explora o romance entre dois casais Mr. Bingley e Ms. Jane e Mr. Darcy e Ms. Elizabeth, mas o grande foco fica em cima de Elizabeth e Darcy. 

Elizabeth Bennet é uma jovem com um bom senso de humor, sempre fazendo piadas e ironias nas horas mais impróprias, apesar de morar no condado com sua família, inclusive Jane, sua irmã, e não ter posses é muito orgulhosa, acredita que um casamento deve acontecer por amor, e não por estabilidade, não segue os conselhos de sua mãe, que pensa exatamente o contrário e influenciava todas as suas irmãs.

 Darcy, um homem muito arrogante, que não se entrega fácil a ninguém e quando conheceu Elizabeth não foi diferente,  tratou-a com indiferença, pois se recusava a acreditar que pudesse se apaixonar por uma moça pobre, que foge completamente dos seus padrões. 

Após toda uma historia e um paradoxo entre orgulho e preconceito o jovem casal se entrega a paixão que estava enrustida desde o primeiro encontro. Mostrando que diante de um grande amor não há classe social ou preconceito que interfira.

OS MISERÁVEIS por Thalita


Autor: Victor Hugo e Tradução e Adaptação: Walcyr Carrasco
Páginas: 160
Editora: FTD

Justificativa: Porque a professora falou que era instigante, e eu gosto de livro assim. E também não tinha outra opção que me chamara atenção.

Um livro dramático, em que a história se passa num tempo Napoleônico. Tem muitos personagens, mais o principal é o Jean Valjean, dizem ser um foragido perigoso, mas mal sabem eles da história desse homem. Preso por roubar um simples pedaço de pão pra comer... Quando fugiu, pelas ruas de Paris, França, todos olhavam de forma esnobe para ele, fechavam as portas, tinham medo... Mas certa vez que estava cansado de procurar algum lugar para passar a noite, cansou-se e deitou num banco em frente a uma igreja, e então uma senhora ficou com pena daquele homem o ajudou falando para ele ir a casa em frente, que ali sim receberia ajuda. Sem sabe o porquê, Jean Valjean foi, era a casa do Bispo, ali ele aprendeu a ter humildade e caráter, e levou os ensinamentos para o resto da vida.

E por aí continua a história, é um começo dramático e um fim dramático também. Não vou escrever toda a história, pois são muitos fatos e muitos protagonistas. 

Este livro é até bom, entretanto, faltou um pouco mais de acontecimentos no final, foi um pouco corrido, parecendo que o autor estaria com pressa de acabar o livro. Tirando isso, foi bem emocionante. 

E ao partir, Jean Valjean despediu-se para sempre de sua considerada filha Cossete, e Marius, umas das pessoas que ele ajudou ao longo da história e que agora se tornou esposo de Cossete. 

“Há muitos anos, alguém rabiscou quatro versos na pedra. Com pó, as intempéries e a passagem do tempo, já terão desaparecido:

Ele dorme. Embora a sorte lhe tenha sido adversa
Ele viveu. Morreu quando perdeu seu anjo;
Partiu com a mesma simplicidade
Como a chegada da noite após o dia.